Ocorreu no dia 09 de outubro, no Espaço Cultural da Escola de Design da Universidade de Estado de Minas Gerais (UEMG), na Praça da Liberdade em Belo Horizonte, o lançamento oficial de Kakxop pahok: as crianças cegas, o mais novo curta-metragem de animação da Pajé Filmes. O filme é mais uma produção inspirada em história tradicional do povo indígena Maxakali/Tikmû’ûn de Minas Gerais. E fecha a Trilogia Hãmnõgnõy, iniciada com Konãgxeka: o dilúvio maxakali (2016), seguido de Mãtãnãg, a encantada (2019).
O evento de lançamento foi promovido pela Assessoria de Comunicação (AsCom) da Escola de Design e contou com a presença de Cassiano Maxakali e seu pequeno filho Cassiel Maxakali, que vieram da aldeia Escola Floresta, no município de Teófilo Otoni, especialmente para a exibição comentada de toda a Trilogia Hãmnõgnõy.
A exibição, que aconteceu às 18 horas, contou ainda com as
presenças de Jackson Abacatu, diretor de animação no projeto; Marcos Henrique
Coelho, assistente de produção; e Charles Bicalho, co-diretor e coordenador de produção
do curta.
No debate Cassiano comentou da importância de se
transformarem as histórias tradicionais de seu povo em filmes: uma vez que praticamente
todos na aldeia se interessam por produtos audiovisuais, tendo acesso eventual a
programações televisivas e ao fluxo da internet (a aldeia conta com instalações
elétricas), é muito satisfatório que eles tenham sua própria produção neste
meio de comunicação. Especialmente às crianças agradam os desenhos animados que
contam suas histórias tradicionais.
Também no debate após a exibição dos três filmes, Jackson
Abacatu desvelou os meandros do processo de animação, que toma como base os
desenhos realizados pelos Maxakali em oficina de ilustração realizada na aldeia
especialmente para o projeto.
Kakxop pahok foi produzido sob os auspícios do edital
PROPPG 10/2022 do Programa de Bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ) da UEMG
e do edital Rumos Itaú Cultural 2023-24.
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