Trilogia Hãmnõgnõy é o nome que foi dado ao conjunto dos três filmes de animação baseados em histórias tradicionais do povo indígena Maxakali ou Tikmû'ûn produzidos pela Pajé Filmes.
O primeiro filme realizado foi Konãgxeka: o dilúvio Maxakali (2016). O segundo foi Mãtãnãg, a encantada (2019). E Kakxop pahok: as crianças cegas tem previsão de lançamento para este ano de 2025.
Em língua Maxakali a palavra hãmnõgnõy nomeia o lugar de morada dos espíritos yãmîy.
Em seu dicionário Popovich (2005) dá também para o termo a tradução de "horizonte". "Hãmnõgnõy kûnãpa Topa pet xexka yûm / Além do horizonte fica a casa grande de Deus" (p. 09).
Como de costume na língua Maxakali, o vocábulo é formado por três outros: hãm (forma abreviada de hãhãm) - terra; nõg - acabar, terminar; e nõy - outro, um igual (POPOVICH).
Ou seja, hãmnõgnõy seria um território limite, ou onde termina uma terra e começa outra; talvez onde termina a terra dos humanos e começa outra, a dos espíritos.
As três histórias em que se baseiam os filmes tratam de acontecimentos e personagens do mundo espiritual e ancestral dos Maxakali. Achamos, portanto, conveniente que o conjunto das três histórias recebesse tal nome.
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